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Chocolate é bom e todo mundo gosta. Mas, será que você sabe como é feito esse doce tão apreciado ao redor do planeta? Você sabe o que vai na receita do chocolate tradicional? E na receita do chocolate branco, que muita gente nem considera um chocolate?

Se você não tem ideia das respostas para todas essas perguntas sobre uma das iguarias mais saborosas e aromáticas do mundo, fique tranquilo que a gente vai te explicar. Antes, no entanto, é preciso que você saiba que o chocolate é muito mais antigo que você pode imaginar.

História do chocolate

Há registros de que os olmecas, os maias e até mesmo os astecas, há cerca de 4 mil anos, já faziam consumo de que viria se tornar o chocolate que conhecemos hoje. Naquela época, era mais comum que as pessoas o consumissem em forma de bebida, o xocoatl, apreciada pelos nobres como um drinque afrodisíaco, amargo e picante ao mesmo tempo.

Foi só na Europa, por volta 1528, que o chocolate ganhou açúcar em sua mistura, além de canela e baunilha, e passou a ser servido como uma deliciosa bebida quente.

Sua versão sólida só veio à tona mais ou menos em 1765, nos Estados Unidos. Antes disso, no entanto, ao chegar à França e à Inglaterra por volta do ano de 1700, a bebida já havia ganhado sua versão mais popular: misturada ao leite.

A fabricação dessa delícia no Brasil, como é de se imaginar, demorou um pouco a acontecer. O cultivo do cacau em terras tupiniquins só se deu no século 19, na região sul da Bahia. Hoje, no entanto, nosso país conta com uma forte produção da iguaria e consome algo em torno de 310 mill toneladas de chocolate por ano, ou seja, quase 1,8 quilo por habitante.

Como é feito o chocolate?

1. A produção começa ainda nas fazendas de cacau, quando a fruta é colhida. É a partir da semente do cacau, seca ao sol por aproximadamente 8 dias, é que se faz o doce mais famoso do mundo.

2. Assim que ficam secas, as sementes são ensacadas e levadas para a indústria, onde são torradas. Essa etapa garante que a umidade seja completamente eliminada e que surja aquele aroma típico. Depois, então, as sementes são resfriadas e suas cascas são eliminadas.

3. Depois de descascadas, a semente é moída. O mais interessante é que, devido à gordura abundante dessa fruta, quase 50% do produto da moagem não é pó, mas consiste em uma massa pastosa e perfumada.

4. A próxima etapa consiste em prensar essa massa, para que a manteiga do cacau e a torta do cacau, uma espécie de bolo que esfarela facilmente, sejam separados. É dessa última parte, aliás, que se faz o chocolate em pó, depois de dissolvida e misturada com açúcar.

A manteiga de cacau é resfriada, quebrada em tabletes e, então, recebe dois destinos: parte volta para a produção de chocolate, inclusive de chocolate branco; e parte vai para a produção de cosméticos.

5. Na fase da malaxação é que se diferencia o tipo de chocolate que será feito: para o chocolate preto, por exemplo, a torta e a manteiga de cacau são misturadas ao açúcar e ao leite, formando nosso tradicional chocolate ao leite. No caso do chocolate amargo, o segredo está em uma menor outros ingredientes que não sejam os extratos do cacau, inclusive o leite.

O chocolate branco, por outro lado, é feito apenas da manteiga do cacau. A ela são misturados açúcar e leite e pó.

6. Independente do tipo de chocolate que está sendo feito, a massa passa por cilindros de refinação, que são responsáveis por quebrar os cristais de açúcar da mistura. Essa etapa garante a textura típica do doce e melhora seu sabor. Quanto mais bem-feita é essa etapa, mais sofisticado será o chocolate.

7. Depois de refinada, a massa fica em movimento, mexida por aparelhos agitadores, para que a acidez e umidade sejam eliminados. Em seguida, o chocolate é encaminhado para diversas trocas de temperatura, a fim de que a manteiga de cacau se cristalize e para que a pasta ganhe uma consistência boa o suficiente para ser moldada.

8. Na última fase antes de ganhar o mercado, o chocolate é moldado em formas. Além disso, é nesse ciclo que são acrescentados outros detalhes à receita do chocolate, como amêndoas, castanhas e outros artifícios no caso dos crocantes. Só depois disso é que eles são resfriados e, então, embalados (automaticamente, no caso das indústrias).

Fonte: Segredos do Mundo